As 21 maiores decisões nos 21 anos

Sir Alex Ferguson comemora hoje 21 anos como técnico do Manchester United. Ele assumiu em 6 de novembro de 1986 e no período restabeleceu os Red Devils como a maior força do futebol inglês.

O Manchester Evening News descreveu, em matéria de James Robson, as 21 decisões mais memoráveis (certas ou erradas) tomadas pelo treinador no período. Vale a leitura.

21. Optar pela não contratação de Zidane

Fergie monitorava Zizou desde que ele era um meia franzino das categorias de base do Bordeaux. Embora admirador do francês, o técnico nutria dúvidas sobre como encaixá-lo com Cantona na mesma equipe. Zidane assinou com a Juventus e se tornou o melhor jogador do mundo. Cantona anunciou aposentadoria um ano depois.

20. Renunciar à FA Cup

Quando o United optou por participar do Mundial de Clubes no Brasil, em 2000, em vez de defender o título da FA Cup conquistado no ano anterior, foi decretada a morte do mais tradicional torneio do futebol. Mas Ferguson achou que estava tomando o mesmo caminho de Sir Matt Busby 40 anos antes.

Nenhuma das duas previsões se tornou verdadeira.

19. Vender Van Nistelrooy

Descrito pelo próprio Ferguson como o maior atacante do Manchester United desde de Dennis Law, Van Nistelrooy marcou 150 gols em 217 partidas pelo clube. Mas isso pouco importou quando foi condenado por ser, teoricamente, uma má influência no dressing room. Como outros antes dele, foi colocado para escanteio após sensacionais cinco temporadas. Mas a decisão de negociá-lo foi seguida pelo primeiro título da Premier League em quatro anos, com Ronaldo e Rooney ocupando o espaço deixado pelo holandês.

18. Manter Bryan Robson

Quando Fergie chegou em Old Trafford em 1986, encontrou  uma drinking cultura estabelecida, o que não era tolerável. Para mudar isso, ele se livrou de jogadores idolatrados pelos fãs, como Norman Whiteside e Paul McGrath. Mas ignorou o caso de Bryan Robson, alegando não afetar o desempenho dele dentro de campo.

Robbo continuou vestindo a camisa vermelha com honra, capitaneando a equipe de Ferguson até conseguir o primeiro título inglês, em 1993.

17. Rock of Gibraltar

À primeira vista, a amizade do técnico com John Magnier parecia perfeita. Não apenas Ferguson era o melhor técnico do planeta, mas era proprietário de parte do melhor cavalo: Rock of Gibraltar. Mas a coisa ficou feia quando a disputa pelo animal ganhou a imprensa, com a polêmica chegando a ameaçar a posição do treinador no Manchester United. As duas partes eventualmente chegaram a um acordo e o interesse de Ferguson em corrida de cavalos ficou apenas nos bastidores a partir de então.

16. Contratar Steve McClaren

Ele pode estar longe de ser convincente como técnico do English Team, mas foi incrivelmente bem sucedido como número 2 de Alex Ferguson no United. Contratado quando Brian Kidd deixou o clube para comandar o Blackburn em 1998, McClaren fez parte da comissão técnica do Treble. Ele foi assistente em mais dois títulos de Premiership seguidas antes de ser nomeado treinador do Middlesbrough em 2001. Em seguida, os Red Devils falharam na tentativa de conquistar a liga pela primeira vez em três anos.

15. Vender Jaap Stam

Quer que tenha sido a autobiografia, os problemas de lesão, ou os 16 milhões de libras que a Lazio se ofereceu a pagar, a saída de Stam custou muito ao United. Não apenas porque ele foi substituído pelo imóvel e pouco efetivo Laurent Blanc. Sem o rochedo holandês na defesa, a equipe deixou de ganhar a Premier League pela primeira vez depois de três temporadas, terminando 2001-2002 em terceiro lugar pela primeira vez desde a criação da Premiership.

14. Eric Harrison

Fergie colocou fé no trabalho de Harrison quando decidiu que uma boa estrutura para revelação de talentos era essencial.

Como técnico das categorias de base, Harrison foi essencial no surgimento de vários dos grandes jogadores da era Ferguson. De Giggs a Fletcher (e todos entre esses dois), o técnico tomou conta deles nos primeiros anos.

13. Acertar as contas com Schmeichel

The Great Dane parecia em direção à saída de Old Trafford em 1995, apesar de quatro grandes anos no clube. Ferguson havia culpado a reposição de bola de Schmeichel pela incapacidade da equipe segurar vantagem de 3 a 0 em Anfield, o que levou a uma discussão homérica no vestiário. O goleiro estava próximo de sair quando Ferguson se esgeuirou no vestiário e ouviu Schmikes se desculpando com os companheiros pela briga e decidiu esquecer o incidente. O camisa 1 ficou, ganhou mais quatro títulos pelo Manchester United e foi o capitão na final da Champions League de 1999, sua última partida pelo clube.

12. Apoiar Cantona

O golpe de kung fu do francês em um torcedor no Selhurst Park em 1995 fez surgir pedidos furiosos para que Le Dieu fosse vendido. Ferguson, porém, tinha outros planos. Trabalhou incansavelmente para convencer Cantona que ele ainda tinha futuro em Old Trafford. O quão certo ele estava! The King voltou para capitanear uma nova geração em para o double e back-to-back títulos da Premier League.

11. Deixar Keane ir

De todos os jogadores que Ferguson liberou para ir embora, Keane foi provavelmente o caso mais doloroso. Depois de publicamente criticar (de forma pesada) os companheiros em entrevista jamais levada ao ar na MUTV, o capitão recebeu a ordem de ir. Keano não era mais o mesmo jogador e a decisão fez com que o treinador abraçasse o futuro. E gastasse 18 milhões de libras por Michael Carrick.

10. Vender Beckham

Logo após uma chuteira voadora o ter acertado na cabeça, a saída de David Beckham se tornou inevitável.

A chegada de Ronaldo dimuniu a perda pela saída do meia, mas a sua saída causou impacto profundo no United, que levou quatro anos para voltar a ganhar a Premier League.

9. Contratar Ryan Giggs

Giggsy tinha conexões com o Manchester City quando Ferguson bateu em sua porta com um youth contract pronto para ser assinado com o Manchester United. A enorme esperança no galês fez com que Ferguson assistisse vários jogos dele quando ainda era teenager, antes de ir para Old Trafford e preparar o time para uma partida importante. Talvez o mais fiel seguidor da história do cube, Giggs foi fundamental para cada um dos nove títulos ingleses conquistados pelo United sob o comando de Alex Ferguson.

8. Anunciar aposentadoria

Quando Fergie revelou que se aposentaria após o final da temporada 2001-2002, foi culpado pela fraca campanha de defesa do título inglês que havia conquistado nos três anos anteriores, com o receio de vários jogadores sobre quem seria o substituto.

7. Deixar de lado os planos de aposentadoria

Com Sven Goran-Eriksson pronto para ser anunciado como novo técnico do Manchester United, Ferguson colocou na gaveta os planos de aposentadoria, prometendo em seguida montar o terceiro grande time Red Devil sob o seu comando. A promessa foi imediatamente cumprida com o United reconquistando o título da Premiership na temporada seguinte.

6. Dar chance aos garotos

Com a decepção ainda recente pela perda da Premier League de 95 para o Blackburn e da FA Cup para o Everton, Ferguson decidiu que era hora de pôr fim a um grande time. Vendeu Paul Ince, Andrei Kanchelskis e Mark Hughes. No lugar, foram promovidos garotos da academia: Beckham, Butt, Scholes e the Nevilles, levando o comentarista da BBC, Alan Hansen, a dizer: “Você nunca ganha nada com crianças”. Como ele estava errado! O United ganhou o double e montou a base da equipe que seria campeã européia de 1999.

5. Selecionar Robbins

A partida da terceira fase da FA Cup de 1990, contra o Nottingham Forest, tinha jeito de must-win para o Manchester United. Com a imprensa nacional já escrevendo seu obituário, derrota fatalmente custaria seu emprego, após menos de quatro anos no clube. Ele escolheu escalar uma desconhecida revelação das categorias de base, chamada Mark Robbins, que marcou o único gol da partida e iniciou a campanha do primeiro título de Ferguson pelo clube.

4.  Colocar Leighton no banco

Se Robbins evitou a demissão de Fergie, a decisão de colocar Jim Leighton no banco na final da FA Cup de 1990 também salvou seu emprego. O United terminou a antiga League One apenas cinco pontos acima da zona do rebaixamento e o treinador precisava provar que estava construindo algo para o futuro em Old Trafford. O primeiro troféu provou isso, mas não sem antes tirar Leighton do caminho. O pavoroso desempenho do ex-titular no empate de 3 a 3 na primeira partida da decisão abriu caminho para Les Saley ser escalado no replay, em que o United venceu por 1 a 0.

3. Enviar SAS

A 23 minutos do final da decisão da Champions League e perdendo por 1 a 0 para o Bayern de Munique, Ferguson colocou Sheringham em campo para mudar o jogo. Com nove minutos restando, foi a vez de Solskjaer. Com apenas os acréscimos por jogar, o United ainda era derrotado pela cobrança de falta de Mario Basler. Mas no apito final, SAS (Sheringham and Solskjaer) tinham dado o Treble aos Reds.

2. Contratar Cantona

O francês havia sido importante na conquista do título inglês do Leeds em 1992 e seu brilhantismo estava fora de questão. Mas ele havia desembarcado na Inglaterra com a imagem de enfant terrible  que Howard Wilkinson não podia suportar. Quando o Leeds sondou o United por Dennis Irwin, Fergie pediu para Martin Edwards perguntar sobre a disponibilidade de Cantona. O resto é história.

1. Aceitar o trabalho

Certamente o mais importante de todos, não apenas para Ferguson, mas para o Manchester United. Sua chegada trouxe um sucesso sem precedentes na história do clube e coincidiu com uma gigantesca mudança na cultura do futebol inglês. Reza a lenda que Ferguson esteve a ponto de aceitar oferta para dirigir o Tottenham, mas depois mudou de idéia. Se isso não tivesse acontecido, a cara do futebol inglês atual seria bem diferente.

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